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Resenha: Homem invísivel - HG Wells

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  Link do livro: https://amzn.to/4qp8am3 Aviso: o texto a seguir contém spoilers Por Lud Fernandes Livro O homem invisivel -H. G.  Wells Apesar de um livro de ficção, ele trás uma reflexão bem importante: o que o poder pode fazer com o homem?  No livro, o personagem consegue o poder de ser invisível, a principio, seu objetivo era ajudar a ciencia e as pessoas com o seu poder, mas, quando percebe que pode usar seu poder para cometer crimes sem ser visto, tudo começa a mudar.  No começo, suas ações, apesar de questionaveis, tem justificativas, mas, aos poucos, se torna cada vez mais claro que o poder mudou o homem.  Quando derrotado, outra pessoa recebe o poder, e promete fazer coisas boas, no entanto, na primeira oportunidade, também fica claro que ele fará mal uso do mesmo.  Acredito que o livro mostre como as pessoas realmente seriam se tivessem poderes, o livro parece ser a base da serie The Boys. Talvez algumas pessoas sejam capazes de usar seus poderes...

Resistência á mudança

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  Por Lud Fernandes Já ouvi algumas vezes a frase:  ‘seja o que quiser, mas não mude a gramática’, para justificar preconceito contra pessoas que não se identificam com masculino ou feminino, ou se identificam com ambos. A minha dúvida é, porque não mudar a gramática?  A língua é viva e está sempre sofrendo mudanças, por que não mudá-la para fazer um grupo de pessoas se sentirem melhor e mais incluídos? Qual a dificuldade? E mesmo que a língua não mude, não precisa ser regra gramatical para usar. Quantas vezes não escrevemos ‘errado’ de propósito em redes sociais, apenas para facilitar a digitação? Nunca vou entender a dificuldade em tratar alguém da forma que elu pede para ser tratade. Acho que é só uma forma de lutar contra mudanças, da forma que a humanidade sempre faz. Já passamos por isso várias vezes, quando um grupo minoritário pedia para não fazer piadas homofóbicas, machistas, racistas… E, aos poucos, as pessoas foram percebendo que esse tipo de piada era errado,...

A Banalidade do Mal: quando o mal veste crachá e bate ponto

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 Por Lud Fernandes Trabalhei desenvolvendo sistemas bancários para um site de apostas. Detalhe: sou contra apostas. Mas era o que pagava meu salário. Fiz o trabalho, cumpri o prazo, entreguei a tarefa. Tudo certinho, como manda o figurino. Só depois me dei conta: eu participei da engrenagem de algo que considero imoral. Não fui forçada. Só obedeci. Afinal, era só “meu trabalho”. Hannah Arendt chamou isso de banalidade do mal : quando o mal não tem cara de vilão de filme, mas de funcionário eficiente, técnico obediente, cidadão que "só cumpre ordens". Os soldados nazistas disseram isso: estavam só cumprindo ordens. Mas estavam mesmo? E os que desertaram, os que fugiram, os que resistiram? Tinham escolha. A questão é: até onde vai a nossa responsabilidade? Obedecer uma ordem absurda nos isenta do absurdo que cometemos? Se aceitarmos isso, estamos dizendo que quem desobedece, quem se rebela contra injustiças, está errado? No fim, quase sempre há uma escolha. Seguir ordens desum...

Eu sou livre?

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 Por Lud Fernandes Acreditava, até poucos segundos atrás, que todas as decisões da minha vida tinham sido minhas. Mas então parei para pensar. Por muito tempo, meus pais me obrigaram a seguir as regras de uma igreja que eu mal compreendia. Quando decidi estudar outras religiões e sair do fanatismo cristão, senti que finalmente havia feito uma escolha minha. Talvez tenha sido a primeira. Depois, “escolhi” trabalhar. Não por vontade, mas por necessidade. Queria estudar, fazer cursos, praticar esportes. Mas meus pais não tinham condições, e o trabalho virou minha única alternativa para ter o mínimo de autonomia. Escrevo porque amo escrever, porque sou boa nisso. Mas viver disso é quase impossível. Então, quando precisei escolher uma carreira, não levei em conta o que mais amo, e sim o que dá dinheiro e onde também sou boa: tecnologia. Acabei me apaixonando pela área, mas sejamos sinceros: não foi uma escolha. Foi uma reação à vida. Quase nada no meu caminho foi fruto de liberdade plen...

O que é certo?

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      por Lud Fernandes Samara matou o ex namorado. Gabriel assaltou o mercado. Vivian pulou da ponte. Eduardo largou seu emprego para vender seu corpo nas ruas. Janaína sequestrou e esfaqueou uma adolescente. Quem deles estava certo? no senso comum, ninguém. Mas Samara foi estuprada pelo ex, sem prova nenhuma, a polícia arquivou o caso. Ao vê-lo na rua algum tempo depois, teve um surto, e o matou com dezenas de facadas. Gabriel e seu filho estavam passando fome, ele perdeu o emprego há alguns meses e o dinheiro acabou. Vivendo em uma crise, sem expectativa de conseguir um novo emprego, roubou comida para poder alimentar seu menino. Vivian tinha uma doença dolorosa e incurável, já não aguentava mais lutar. Eduardo foi expulso de casa aos 16, parou de estudar para trabalhar e era humilhado em um emprego que mal pagava suas contas. A mãe de Janaína estava morrendo de um câncer no pulmão, por culpa de seu chefe, que a colocou para trabalhar por anos dentro de uma caldeira ch...

resenha do livro O Principe - Nicolau Maquiavel

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  Link do livro:  https://amzn.to/3L7bLF1 Resenha por Lud Fernades Maquiavel fez uma obra com observações tão perspicazes, que acredito serem úteis e importantes até hoje. Em um livro simples e direto, ele descreve como um príncipe deve se portar para se manter no poder. “Se fizer o bem, faça aos poucos, mas se for fazer o mal, faça-o de uma vez”. Se alguns políticos da era atual tivessem lido esse livro, talvez não tivessem perdido as eleições e nem estariam correndo o risco de serem presos. Ao comandar um país, é mais importante a imagem que se passa do que o trabalho realizado em si. Durante a pandemia tivemos um exemplo de como essa frase é real: pessoas morrendo por 2 anos e os políticos pouco se lixando, óbvio que esses políticos não se reelegeram, porque o mal durou muito tempo e as pessoas não esqueceram. Já as poucas coisas boas que o governo fazia eram rápidas, e esquecidas com o tempo, principalmente por causa do foco nas coisas ruins que estavam acontecendo. Outra...

Tempestade

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  por Lud Fernandes É fácil ver como a vida é bela quando as flores estão nascendo na primavera. O difícil são os dias de nuvens escuras, que te impedem de ver adiante. quando tudo ao seu redor é névoa densa e você se perde, sem saber para onde ir. nesse momento percebemos como viver é difícil. E pior, quando a tempestade chega, estamos sozinhos. A chuva, os trovões e as rajadas de vento que derrubam as árvores ao nosso redor, nos fazem encolher em um canto e chorar como crianças assustadas. Ali vemos a verdadeira face da vida e da dor. A sós, no meio da tempestade, com frio, com medo, tremendo. somos apenas crianças que o mundo quer engolir. Há alguns momentos atrás, estávamos admirando a linda paisagem de um campo de flores com vista de uma linda cachoeira de águas cristalinas, então a tempestade de repente chegou, arrasando tudo, levando tudo o que nos fazia sorrir momentos atrás. a velocidade em que tudo é destruído ou tirado de nós nos assusta, percebemos que não temos control...